quinta-feira, 4 de março de 2010
MV BILL - O BONDE NÃO PÁRA
O músico participou da coletânea Tiro Inicial, que revelou novos talentos do rap brasileiro tais como Gabriel, o Pensador, em 1993, ainda como integrante de um grupo.
Antes de se decidir pelo rap, Bill chegou a cantar um samba-enredo composto por seu pai na quadra de uma escola de samba. Mais tarde adotou a alcunha de MV (Mensageiro da Verdade) Bill[1]. (Bill é um apelido de infância, referência a ”Rato Bill” – desenho de um rato que vinha em figurinhas de chiclete durante a Copa do Mundo de 82)
Com letras marcadas pela denúncia social, lançou em 1998 o disco CDD Mandando Fechado pelo selo Zâmbia, relançado pela Natasha Records/BMG um ano depois com o título Traficando Informação. Ainda em 1999 participou do Free Jazz Festival, evento praticamente sem tradição com artistas de rap brasileiro da periferia, sem apoio da grande mídia. No concerto, MV Bill se apresentou com uma arma na cintura, que mais tarde afirmou ser de brinquedo.
Entre suas atitudes consideradas "extravagantes" estão o fato de só dar entrevistas na Cidade de Deus e de usar o pseudônimo Alex Pereira Barbosa como nome alternativo. Ficou ainda mais conhecido em 2000, ao estrelar uma campanha publicitária de televisão contra o vandalismo em telefones públicos.
Em 2001, ganhou o prêmio de Melhor Videoclipe de Rap por "Soldado do Morro" no Video Music Brasil. No ano seguinte, lançou o álbum Declaração de Guerra.
Ele é o autor, junto com Celso Athayde, do famoso livro e documentário Falcão - Meninos do Tráfico. O documentário é o mais famoso de sua carreira. Ele conta a história de dezessete meninos envolvidos com o tráfico de drogas e suas vidas em diversas favelas; dos dezessete, apenas um sobreviveu. O sucesso do livro resultou no álbum Falcão, O Bagulho é Doido lançado em 2006.
Como escritor, é autor também do livro Cabeça de Porco, lançado em 2005 e co-escrito por Celso Athayde e Luiz Eduardo Soares.
MV Bill também foi um dos fundadores da Central Única de Favelas, a CUFA, que é responsável por várias atividades sócio-educativas realizadas em várias favelas, entre elas a Liga Brasileira de Basquete de Rua. Em 2006, lançou o seu terceiro álbum de estúdio, Falcão, O Bagulho é Doido.
O artista foi entrevistado na edição de maio de 2006 da revista Playboy. Em julho do 2007, participou da edição brasileira do Live Earth, realizada na Praia de Copacabana. Em 2009, foi anunciado o seu quarto álbum, Causa e Efeito, com a música O Bonde Não Para, que teve grande repercussão.
Veja aqui o clipe de O bonde nao para